Abordar o conhecimento gnóstico ou epistêmico em suas partes fragmentadas é fazer uma Abordagem Antropocêntrica ou Mecanicista, onde o homem é o centro do universo. Mas, abordar o conhecimento gnóstico ou epistêmico pelo seu todo é fazer uma Abordagem Holosótica, Holista ou Holística, defendendo uma visão integral e um entendimento geral dos fenômenos.
"O mesmo vale pode ser visto a partir de diferentes colinas,
que quanto mais alta mais se amplia a visão."
O conhecimento fragmentado pela lógica antropocêntrica proporcionou dificuldade na leitura da verdade, causando confusão e fronteiras artificiais, que gerou o Ego hipertrofiado, e no âmago de encontrar a paz, a humanidade originou as enumeras religiões, ordens, seitas, partidos políticos, etc.
O novo paradigma gnoseolístico vem surgindo, à medida que o paradigma antropocêntrico revelou-se insatisfatório perante a realidade dos novos tempos. Esse novo paradigma representa uma resposta inteligente à crise de fragmentação dos saberes, que embasa a dissociação dos componentes da realidade, que impõe a ignorância à humanidade, ameaçando a sua continuidade.
A gnoseolística conduz para uma cultura de paz através da holosótica.
As palavras hólos e ótica derivam do grego:
As palavras hólos e ótica derivam do grego:
όλος (hólos) - todo, inteiro, integral, totalidade
οπτικός (optikós) - parte da física que estuda a luz e a visão
O precursor do paradigma holístico, Jan Christiaan Smuts criou o termo Holismo em 1926 com o livro "Holism and Evolution", onde sustenta a interdependência entre as partes e o todo, numa integrativa cosmovisão, o Continuum Matéria-Vida-Mente.
Cada gota de água é um elemento de um oceano, que ao se separar do oceano se transforma em elemento que traz em seu bojo todas as propriedades do oceano, que por sua vez reflete e contém todas as propriedades da gota. É uma visão na qual o todo está nas partes e vice-versa.
O modelo gnoseolístico considera esse movimento dinâmico entre o todo e as partes, reconstituindo a dialética real da verdade de todas as coisas sustentadas na binaridade dos fenômenos e leis da mecânica do Universo Relativo. É através da visão gnoseolística que se torna possível compreender a tendência que o Universo tem em sintetizar unidades em totalidades organizadas.